O dia 25 de novembro é marcado pelo Dia Internacional da Não Violência contra Mulheres. A data é um marco importante no calendário de lutas, pois os dados ainda indicam um alto índice de violência contra mulheres no Brasil. Segundo o Instituto Datafolha – em pesquisa realizada este ano -,  22% das brasileiras sofreram ofensa verbal no ano passado; 10% das mulheres sofreram ameaça de violência física; 8% sofreram ofensa sexual; 4% receberam ameaça com faca ou arma de fogo. E ainda: 3% ou 1,4 milhões de mulheres sofreram espancamento ou tentativa de estrangulamento e 1% levou pelo menos um tiro. A pesquisa mostrou que, entre as mulheres que sofreram violência, 52% se calaram. Apenas 11% procuraram uma delegacia da mulher e 13% preferiram o auxílio da família.

Fonte: Fórum Brasileiro de Segurança Pública

Violência contra a mulher negra

O número de mulheres negras assassinadas no Brasil aumentou e ficou acima da média observada na população feminina em geral no período de 2005 a 2015, segundo levantamento do Atlas da Violência 2017, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A mortalidade de mulheres negras teve um aumento de 22%, chegando à taxa de 5,2 mortes para cada 100 mil. A média nacional de mulheres assassinadas é de 4,5 mortes a cada 100 mil habitantes. O índice de negras que já foram vítimas de agressão também subiu de 54,8% para 65,3% no mesmo período.

“A cada 100 pessoas assassinadas no Brasil, 71 são negras. De acordo com informações do Atlas, os negros possuem chances 23,5% maiores de serem assassinados em relação a brasileiros de outras raças, já descontado o efeito da idade, escolaridade, do sexo, estado civil e bairro de residência.”IPEA

O/a assistente social no enfrentamento da violência contra a mulher

Para a/o Assistente Social, muitos desafios estão postos no atendimento à vítimas dos mais diversos tipos de violência de gênero, sendo a demanda da violência doméstica e urbana uma das pautas que mais tem se apresentado às/aos profissionais de Serviço Social para além das instituições que lidam diretamente com as mesmas, a exemplo dos Centros de Referência da Mulher, Delegacias Especializadas, etc. Portanto, a demanda da violência chega aos mais diversos espaços sociocupacionais, cabendo à/ao profissional Assistente Social identificá-la, acionar a rede socioassistencial e fazer um atendimento qualificado, orientando no sentido de não promover constrangimentos e mais culpabilização das vítimas.

O nosso Projeto Ético-Político explicita, dentre outros, a defesa intransigente dos Direitos Humanos, a liberdade como valor central e a articulação com os movimento sociais, a qualidade nos serviços prestados à população. Nesta direção, a profissão vem constantemente se articulado a movimentos feminista de de mulheres, construído fóruns, movimentos e coletivos no sentido de visibilizar a pauta da violência e chamar a atenção da sociedade para esta questão. Este ano, o Cress/PB e diversas entidades se organizaram no combate ao estupro, ao machismo e à violência contra a mulher, que se concretizou no Ato Por Todas Elas e a Parada Internacional das Mulheres. O objetivo também abarca a luta das/os profissionais assistentes sociais, que devem estar sempre atentas/os à essa conjuntura que se mostra de retrocessos na pauta principalmente das mulheres.

Em entrevista ao CFESS, a assistente social Maria Elisa Braga destacou que o/a  assistente social é um profissional preparado para compreender as dimensões desse tipo de violência. Segundo ela, o/a profissional está “atento/a, para acionar a rede de atendimento e suporte  a todo tipo de necessidades que um caso como este requer. Por exemplo, os movimentos sociais, como o feminista, para que, junto com a/o assistente social, pressione e monitore para que os serviços das políticas sociais, da segurança e justiça funcionem para garantir a atenção e atendimento de qualidade.”

Serviço

Disque Denúncia:  180 – Central de Atendimento à Mulher (Nacional)/ 197 (estadual)

Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de João Pessoa – Zona Sul (Central de Polícia Civil da Paraíba) Rua Manoel Rufino da Silva, nº 800, Ernesto Geisel. Fone: (83) 3218-5262

Delegacia da Mulher de João Pessoa (funciona 24 horas e nos finais de semana e feriados atende aos municípios de Bayeux, Santa Rita e Cabedelo: Avenida Pedro II, nº 853, Centro, João Pessoa. Fone: (83) 3218-5317

Delegacia da Mulher de Cabedelo: R. Ernesto Vital, 34, Monte Castelo. Fone: (83) 3228-3707

Delegacia da Mulher de Bayeux: R. Engenheiro de Carvalho, Centro. Fone: (83) 3232-3339

Delegacia da Mulher de Santa Rita: Loteamento Jardim Mauritânia S/N Fone: (83) 3289-8738

Delegacia da Mulher de Campina Grande: R. Raimundo Nonato de Araújo, S/N, Catolé Fone: (83) 3310-9300/9303

Delegacia da Mulher de Guarabira R. Manoel Francisco do Nascimento, nº 157, Nordeste II. Fone: (83) 3271-2986

Delegacia da Mulher de Patos: Rua Bossuet Wanderley, nº 337, Centro. Fone: (83) 3423-2237

Delegacia da Mulher de Cajazeiras R. Romualdo Rolim, nº 636, Centro Fone: (83) 3531-7022

Delegacia da Mulher de Sousa R. Sardyr Fernandes de Aragão S/N, Gato Preto. Fone: (83) 3531-2948

 

Mariana Costa – JP/PB 3569

Assessoria de Comunicação 

Comissão de Comunicação

Conselho Regional de Serviço Social da Paraíba – CRESS/PB

Gestão “Avançar sem temer” – 2017/2020

E-mail: assessoriacresspb@gmail.com