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A Crise Estrutural do Capital e seus desdobramentos para o mundo do trabalho: atribuições e competências profissionais no contexto das Políticas Públicas.

O I Congresso Regional de Serviço Social das FIP tem o propósito estratégico de estimular a produção de conhecimento no âmbito do Serviço Social e áreas afins, favorecer a troca de experiências entre instituições e pesquisadores, em âmbito local e regional, bem como construir uma unidade entre estudantes e profissionais no debate e defesa das políticas públicas.

A I edição do evento acontecerá na cidade de Patos – PB, entre os dias 10 e 13 de novembro de 2015, nas Faculdades Integradas de Patos – FIP, cujo tema é “A Crise Estrutural do Capital e seus desdobramentos para o mundo do trabalho: atribuições e competências profissionais no contexto das Políticas Públicas”. Tema que conduz a pensar e agir estrategicamente, diante da grande crise atual, que assola o sistema econômico e repercute nos demais níveis da vida social, delineando o padrão hegemônico de politica social na contemporaneidade, o que nos demanda a importância do debate e defesa das políticas públicas. Destaca-se que esse é um contexto marcado, pelo retrocesso no que diz respeito aos direitos sociais, conservadorismo político, intolerância e ganância dos interesses individuais, onde impera a mercantilização da vida social e precarização da mesma, marcado pela grande crise que atinge as economias capitalistas de todo o mundo, sob a primazia do capital financeiro e desvalorização do capital produtivo.

Neste sentido, salienta-se às rápidas transformações no modo de produção capitalista, acompanhadas do fenômeno da mundialização que leva o capital a uma forte tendência de concentração e centralização de capitais. Corroborando, assim, para uma maior interdependência a nível mundial, do capital nacional. Tais aspectos vêm resultar em um aumento da desigualdade de rendimentos, não favorecendo ao aumento da produtividade, muito menos ao crescimento do emprego, como se espera em sua lógica de homogeneização do desenvolvimento entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos, se expressando de forma diferenciada conforme o gênero, a raça/etnia, a sexualidade e a geração. Ou seja, vivenciamos um aprofundamento do desenvolvimento desigual e combinado entre as nações e entre as regiões de uma nação, e no interior destas entre as classes e grupos sociais, em meio às relações dialéticas entre imperialismo e dependência, salientando as metamorfoses das expressões da questão social.

No campo político a crise atual do capital afeta profundamente a democracia burguesa. Enquanto o capital adota a via do autoritarismo, das guerras e da criminalização dos movimentos sociais para submeter à classe trabalhadora às alternativas de saída da crise, as diversas manifestações populares que surgiram em todo o mundo expuseram os limites e as contradições da democracia burguesa. Contudo, devemos ressaltar que este debate não é tão simples, principalmente quando nos referimos a períodos ditatoriais e a momentos de efervescência política das camadas populares na luta pela constituição de direitos, como exemplo podemos citar o processo da constituinte no Brasil que foi marcado por várias contradições imanentes a essa sociabilidade. Mas essa só se efetivou por via da abertura de espaços democráticos de decisão, ainda que esses estivessem permeados por correlações de forças, o que resultou na abertura do texto Constitucional de 1988 aos interesses do capital. Dessa forma, a compreensão dos direitos sociais e consequentemente, das políticas públicas na sociabilidade capitalista, nos remete a uma perspectiva sócio histórica submetida às tensões sócio-políticas da disputa de projetos societários distintos, onde a constituição de uma ordem plenamente democrática se faz imprescindível.

Nesse âmbito, o Serviço Social reafirma sua direção social estratégica em consonância com outro projeto de sociedade, opositor ao atual projeto societário, que garanta o desenvolvimento pleno do ser social, sendo veemente pensar para além do cenário posto no nosso cotidiano profissional, ou seja, pensar os limites e possibilidades do exercício profissional, fazendo uso da pontecialidade do conhecimento crítico na reconstrução das demandas e defesa das políticas públicas. Nesse contexto, cabe ao pensamento social crítico, engajado no movimento concreto de superação do estado de coisas presente, empreender uma grande transformação social e histórica,colocando num mesmo processo tanto o modo de produção, quanto a superestrutura capitalista, ambos os momentos construídos e reconstruídos dialeticamente.