No último dia 11 de julho, o Brasil assistiu a reforma trabalhista ser aprovada por um Congresso corrupto e sem legitimidade popular, o que massacra os/as trabalhadores/as de forma cruel.
Sabemos que as contrarreformas em curso foram e são parte do golpe contra os/as trabalhadores/as brasileiros/as. Entendemos que esses ataques aos direitos, bem como o golpe parlamentar-jurídico-midiático, foi, também, possibilitado pela indefensável política de conciliação de classes facilitada pelo lulopetismo. Sabemos que o conjunto das contrarreformas tem relação direta com a crise estrutural do capital e a busca por garantir altas taxas de lucratividade através da intensificação da superexploração do trabalho e a usurpação dos direitos sociais.
No dia seguinte à aprovação da nefasta reforma trabalhista, o juiz Sérgio Moro divulgou a sentença do julgamento do caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenando-o a mais de 9 anos de prisão por meio de um julgamento notadamente político e sem provas que atestem a materialidade do crime. Essa análise não significa um atrelamento ou uma defesa político partidária, mas entendemos que há um ataque frontal às garantias democráticas asseguradas pelo Estado de Direito, assim como as inúmeras prisões e condenações arbitrárias, a exemplo de
Rafael Braga e lideranças do MST, MTST e outros, inclusive propiciadas pela lei antiterrorista sancionada pela então presidenta Dilma. As medidas de exceção suspendem seletivamente
direitos assegurados que visam desestabilizar a resistência e a organização dos/as trabalhadores/as.
Não podemos permitir que estes ataques aos direitos da classe trabalhadora e ao Estado Democrático de Direitos reduzam nossa força e compromisso com a transformação. O momento é de unificar a esquerda e as forças progressistas por todo o país, ocupar as ruas e mostrar força na defesa dos trabalhadores e trabalhadoras, dos direitos sociais e do restabelecimento da nossa
democracia, tendo a realização da greve geral como instrumento de reivindicação necessário e estratégico.
Faz parte deste compromisso lutar para que se realizem eleições gerais e diretas, pondo fim às medidas de exceção que o país vivencia neste momento e restabelecendo a democracia. Por isso gritamos Não às Contrarreformas Trabalhista e da Previdência! Greve Geral Já! Fora Temer! Eleições Gerais e Diretas Já! E Reforma Política Popular!
Natal, 15 de julho de 2017.
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Conselho Regional de Serviço Social da Paraíba – CRESS/PB
Gestão Avançar Sem Temer – 2017-2020