Vivemos em uma sociabilidade em que os sujeitos que não se enquadram na heterossexualidade compulsória que é legitimada como a única forma possível de vivência afetivo-sexual, e no binarismo de gênero que determina os corpos que poderão viver, são expostas(os) a inúmeras formas de violência e violação de direitos na família, na escola, nas universidades, nas instituições de saúde, dentre outros.
Por isso, ter orgulho de ser quem é significa resistência para pessoas LGBTQIA+, especialmente no Brasil, país que mais mata essa população no mundo, marcando um genocídio especialmente contra pessoas trans e travestis.
No atual contexto de um governo ultraliberal e conservador, que dissemina discursos de ódio contra a população LGBTQIA+ e impõe seu projeto de retirada de direitos historicamente conquistados a diversos grupos socialmente discriminados, sabemos que a proteção social e os mecanismos de denúncia a essas violações são cada vez mais frágeis.
Inspiradas(os) na frase de Conceição Evaristo, militante feminista e negra, quando diz: “Eles combinaram de nos matar, mas nós combinamos de não morrer”, o CRESS/PB reafirma o compromisso ético-político com a defesa da liberdade e da diversidade sexual. Exigimos de forma intransigente o direito a uma vida digna para a população LGBTQIA+ e insistimos no horizonte de um mundo em que ser e amar não seja privilégio apenas de uma parte da humanidade. 🌈✊🏽
João Pessoa, 28 de junho de 2021
Comissão de Ética e Direitos Humanos
Conselho Regional de Serviço Social 13ª Região – Paraíba
Gestão “Tempos de resistir, tempos de não se calar” (2020-2023)