A América Latina e o Caribe são regiões que mais registram casos de feminicídio no mundo, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com o Mapa da Violência 2016, os homicídios de mulheres negras aumentaram 54% em dez anos no Brasil, passando de 1.864, em 2003, para 2.875, em 2013. Dentro desse contexto de violência, que acontece há tempos no Brasil e no mundo, surgiu o primeiro Encontro de Mulheres Negras Latinas e Caribenhas, em 1992, em Santo Domingos, na República Dominicana, em que discutiram sobre machismo, racismo e formas de combatê-los. A partir disso, a ONU reconheceu o dia 25 de julho como o Dia da Mulher Negra Latina e Caribenha, e em nosso país,  desde 2014, comemora-se o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra – em homenagem à líder quilombola que viveu no século 18 e que foi morta em uma emboscada.

Assim como o Dia Internacional da Mulher (8 de março), o Dia da Mulher Negra Latina e Caribenha vem como forma de fortalecimento, debate e luta contra o feminicídio e todas as formas de violência contra a mulher, em especial as mulheres negras e caribenhas, que são historicamente colocadas em situação de vulnerabilidade.

O Conselho Federal de Serviço Social emitiu nota em homenagem a esse dia, enaltecendo o combate ao racismo e defendendo o projeto ético-político do Serviço Social como compromisso com essas mulheres e com essa luta.

Imagem mostra um perfil de uma mulher negra, com tranças, sobre um fundo colorido, com traços e círculos de cores amarela. vermelha, marrom, que remetem a pinturas africanas, com o texto Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, e a chamada que diz que o combate ao racismo é compromisso ético da categoria
(arte: Rafael Werkema/CFESS)

“A mulher negra, ao longo de séculos, demonstra sua garra e resiste.

A mulher negra resiste na luta pela legalização do aborto, por igualdade salarial no mercado de trabalho e outros tantos direitos que lhe são historicamente negados.

No Brasil de hoje, o racismo é atualizado como reposta à crise e necessidade de acúmulo do capitalismo. Combater o racismo, o machismo e todas as formas de opressão é, portanto, uma obrigação diária.

Esses, entre outros motivos, nos levam a lançar, no dia 1º de agosto, durante a abertura do seminário sobre o trabalho de assistentes sociais na política de assistência social, a campanha de gestão: “Assistentes Sociais no Combate ao Racismo”.

Por Marielle e por todas as mulheres vítimas da dupla opressão racismo-machismo, que se expressa das mais variadas formas, neste 25 de julho, o CFESS se une ao grito de denúncia e resistência dessas guerreiras e convoca a categoria de assistentes sociais para as trincheiras do combate ao racismo.”

Fonte: Conselho Federal de Serviço Social – CFESS

 

 

Conselho Regional de Serviço Social 13ª Região – Paraíba

Mariana Costa – JP/PB 3569

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